segunda-feira, 12 de setembro de 2011

REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Em um Desafio de Aprendizagem da especialização Metodologia e Gestão para Educação a Distância (Anhanguera-Uniderp) acompanhei e comentei postagens de dois blogs. O primeiro foi Educação a Distância: blog brasileiro de Educação a distância, com notícias atualizadas sobre EaD. O outro De Mattar, do professor João Mattar, contém atualizações sobre o trabalho desse docente. Entre os assuntos sobre EaD discorridos destacam-se: mercado de trabalho, aumento de alunos, polêmica de campanha que compara com fast-food, conteúdo aberto, publicações, web 2.0 e redes sociais, interação e aprendizagem.

Ensino a distância – Falta de Tempo – Carreira Profissional
Na dicotomia – necessidade do mercado x falta de tempo dos trabalhadores - aparece uma opção bastante interessante: o Ensino a Distância (EAD). Mesmo com a tradicional dúvida em relação à qualidade dessa modalidade, verifica-se que as empresas compraram essa idéia.
Há instituições sérias de Ensino, no Brasil e no exterior, as quais oferecem a possibilidade de conseguir a formação almejada no tempo e possibilidade dos trabalhadores. No entanto, é válido ressaltar sobre a importância da busca para escolha do curso e instituição. É importante verificar se existe o reconhecimento do MEC, ou se é muito barato, nesse caso, o melhor é olhar com desconfiança.
Com certos cuidados é possível escolher o que melhor se adapta aos objetivos dos estudantes com qualidade. A possibilidade de entrar no Ensino Superior, com a comodidade de fazer a maior parte das atividades no lugar e horário mais adequado para o aluno, ajuda no enriquecimento da formação profissional.

Um milhão de alunos a distância – MEC
A Educação a Distância, criticada por muitos, vem reafirmando sua importância em vários aspectos. Há profissionais formados por essa modalidade atuando no mercado de forma eficiente. Pessoas com tempo limitado e que vivem longe dos centros educacionais tradicionais têm acesso ao Ensino. As provas nacionais demonstram resultados da EAD similares aos dos cursos presenciais.
Tais pressupostos ajudam a desmistificar certos preconceitos referentes à EAD no Brasil e por consequência, aumentar o numero de estudantes. Entretanto, como já citado anteriormente, há melhorias a serem conquistadas na educação brasileira, em especial nessa modalidade. Alcançar a qualidade é possível, com políticas públicas adequadas e dedicação de alunos e professores envolvidos nesse processo.

Aula a distância não é “fast-food”
Para estudantes, ou profissionais, do Serviço Social provenientes do ensino presencial, a modalidade EAD aparece como uma forte competição. O fato de pessoas que não tinham acesso ao Ensino Superior ingressarem nas faculdades aumentou o numero de profissionais da área.
A forma de manifestação por parte do Conselho Federal de Serviço Social, de fato, foi bastante pejorativo em relação à EAD. Os cursos, independente da modalidade, passam por critérios de avaliação nacionais, podendo ser aprovados ou reprovados. A campanha poderia ser utilizada para o debate da questão, e não para o ataque do modelo.
Após estudos e discussões, os profissionais podem sugerir formas de melhoria nessa área de formação, tanto a distância como presencial, pois ambas tem problemas, assim é possível chegar à melhoria da qualidade do ensino, culminando em trabalhadores competentes nessa área.

A virada na formação – Educação a Distância
Os dados apresentados demonstram o alcance da EAD no Brasil, assim como a valorização dessa modalidade por parte da população que apostou nela. Ainda assim, é necessário o aprofundamento dos estudos sobre Educação a Distância para sua melhoria constante, tanto do processo de aprendizagem em si, como da avaliação das instituições. Tais métodos devem ser considerados levando em consideração as especificidades dos locais assistidos pelas instituições, para que o ensino aconteça de forma efetiva.

EaD em beta perpétuo
O uso de material aberto na internet encontra sua importância tanto na educação presencial como a distância. A experiência que tive no ensino presencial, no qual fazia algumas aulas de pesquisa sobre diferentes assuntos de História e Geografia, me mostraram como as crianças e adolescentes encontram caminhos incríveis para desvendar suas questões. Dessa forma, é fácil ver como o conteúdo passa a dinamizar e se misturar com o cotidiano dos estudantes. Nessas disciplinas, via os alunos se sentindo sujeitos no mundo e na História, tudo passava a fazer sentido nessa interação. Hoje, como professora-tutora a distância, percebo que no Ensino Superior os acadêmicos continuam, por vezes, enxergando um abismo entre a teoria e a prática. A percepção da interação entre ambas se dá com a pesquisa. Todas as pessoas dispostas foram largamente favorecidas com a publicação de textos atuais, relevantes e interessantes encontrados na internet. Além da possibilidade de encontrar textos de boa qualidade, é possível, sem muita burocracia, publicá-los também. É nesse movimento dinâmico que a educação está pautada na atualidade, sem desprezar quem não gosta desse método, é uma forma muito mais prazerosa de aprender.

Tutoria e Interação em Educação a Distância
A publicação de um livro sobre tutoria acontece num período bastante fecundo. Sou professora-tutora a distância, no entanto, até agora minha educação foi presencial. Confesso que no período de graduação e mestrado tinha algumas dúvidas em relação à qualidade do Ensino a Distância. Com o tempo, passei a conhecer pessoas se formando por essa modalidade, as quais se destacavam em seus campos de trabalho. Nesse ano, quando comecei a trabalhar com EaD, compreendi um pouco mais da dimensão e da importância de várias pessoas terem acesso ao Ensino Superior a distância. Depois de perceber que tenho alunos com bastante potencialidade de aprendizado e produção em sua graduação, me vi como aluna da especialização Metodologia e Gestão para Educação a Distância. Como acadêmica dessa pós-graduação tive uma nova dimensão, pois o aprender por esse método é muito proveitoso, é possível assistir as aulas mais de uma vez, ler os textos e ter uma resposta rápida das questões que respondemos, ainda, somos instigados a ir além, no campo das possibilidades. Realmente é um privilégio fazer parte desse universo que está crescendo cada dia mais.

Web 2.0 e redes sociais na educação a distância: cases no Brasil
As discussões levantadas no artigo Web 2.0 e redes sociais na educação a distância são bastante relevantes. Os grupos de debate, citados no texto, mostram que é possível essa interação, mesmo podendo ser considerados poucos, casos de sucesso servem de estímulo para outras pessoas repetirem a mesma prática. Outro ponto interessante é o do professor-tutor, o qual, por vezes, é tido como o tirador de dúvidas minimizando seu papel de professor. O levantamento de tais questões certamente ajuda a enriquecer as práticas da educação como um todo. Lembra-se que além da alta potencialidade de aprendizagem na EaD, as redes sociais também podem servir como uma ferramenta importante no ensino presencial.

Interação e Aprendizagem em Ambientes Virtuais
Um dos pontos que considero mais interessantes na apresentação é sobre o questionamento da ausência do corpo na interação e na aprendizagem em ambientes virtuais. Como estudante e professora-tutora a distância, percebo que é possível aprender sem a presença física de um professor. Com orientação, possibilidade de interação e interatividade entre alunos, professores e pessoas com interesses afins, abre-se um verdadeiro leque para a ampliação do conhecimento. Um exemplo são os próprios blogs como o do professor João Mattar, no qual, após a leitura das postagens, aprende-se também com os comentários dos colegas que agregam questões relevantes aos temas e propiciam a discussão.

A experiência de ter conhecido e acompanhado os blogs foram bastante enriquecedoras. Tal prática me estimulou a continuar nesse movimento, os temas são importantes, as opiniões dos seguidores são válidas para reflexões e o leque de possibilidades se amplia, no sentido de conhecer um pouco mais sobre nossa área de atuação. Isso vale para outras áreas de interesse também, é possível aprender por meio da interação com quem compartilha com nossos objetos de estudo e com nossas paixões.

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